JOSE RUFINO DE SOUZA JUNIOR
A crise ecológica atual tem origem no processo de desenvolvimento da sociedade moderna está relacionada com o modo que a sociedade, a economia e a política se organizam, que se agrava pelo crescimento explosivo da sociedade, pela distribuição desigual e injusta da riqueza.
O aumento da temperatura média global e a maior ocorrência e intensidade de eventos extremos, tais como: secas e inundações, poderão provocar a extinção de espécies, deslizamentos de encostas, elevação do nível do mar, maior vulnerabilidade a incêndios florestais, proliferação de doenças, queda da produtividade agrícola e processos migratórios dos chamados refugiados ambientais.
O último relatório IPCC[1] prevê que o aumento da temperatura global em relação aos níveis pré-revolução Industrial pode chegar ao patamar de 1,5 grau Célsius já na próxima década. Cientistas reivindicam que a marca não seja ultrapassada até o final do século, diante de riscos com a falência de ecossistemas e o prejuízo à Humanidade.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS
A educação ambiental está associada à proposta educativa de conservação dos recursos naturais (água, solo, fauna, flora, patrimônio genético, patrimônio construído, etc.). A preocupação básica considera a natureza como recurso, o que remete à gestão do meio ambiente ou gestão ambiental.
A educação ambiental no ambiente escolar tem como objetivo ensinar os jovens a compreender os conceitos relacionados com o meio ambiente, sustentabilidade, preservação e conservação, visando formar cidadãos conscientes e críticos, além de fortalecer o exercício de práticas cidadãs.
Cabendo à sociedade, como um todo, manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais.
A prática de atividades sustentáveis desperta para a consciência ambiental e promove a mudança de comportamentos nocivos ao meio ambiente e à sociedade, contribuindo para melhorar a qualidade de vida e atendendo às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade de gerações futuras.
DEVER ÉTICO DE CUIDADO COM PLANETA
Vivemos a maior crise sanitária do planeta. Seremos impotentes espectadores da morte? De alguma forma, a natureza está forçando a humanidade a recompor as agressões sofridas ao longo do tempo, impondo ao homem o uso dos recursos naturais de maneira mais sustentável como forma de dar uma sobrevida a Terra.
Apenas uma compartilhada vivência ética ambiental permitiria responder afirmativamente à indagação que aflige a humanidade: o que será de nosso planeta?
Temos o dever ético de contribuir para evitar o perigo da agressão desenfreada ao meio ambiente, porque acabamos por destruir o que a Terra levou milhares de séculos para construir e o próprio homem torna insustentável a perpetuação da vida humana no planeta.
[1] Painel Intergovernamental sobre Mudança Climáticas (IPCC) publicado pela ONU in agosto 2021.